As organizações solidárias que desenvolvem projetos de inovação e empreendedorismo podem candidatar-se até 19 de junho ao instrumento de financiamento Capacitação para o Investimento Social nas regiões Norte, Centro e Alentejo.
Filipe Almeida, presidente da Iniciativa Portugal Inovação Social, esteve hoje em Serralves, no Porto, para apresentar publicamente este instrumento de financiamento e, ao final da manhã, uma equipa de técnicos explicou aos interessados como devem concorrer.
O Instrumento Capacitação para o Investimento Social tem, no total, 15 milhões de euros para atribuir até 2020, mas para já estarão em concurso três milhões, para apoiar o desenvolvimento de competências organizativas e de gestão, de forma a atrair e aplicar investimento social.
É um apoio não reembolsável, direto ao beneficiário, de projetos de capacitação até 18 meses, com financiamento público máximo de 50 mil euros, nos quais se incentiva o acompanhamento de especialistas junto das organizações para desenvolvimento conjunto de conhecimento relevante crítico para o projeto de inovação social que se pretende implementar.
Filipe Almeida quer abrir vários concursos, ao longo dos anos, sendo de esperar que a próxima fase tenha lugar no segundo semestre deste ano.
Podem candidatar-se organizações da Economia Social, voltadas para a inovação, e que queiram fazer um de três tipos de formação. A primeira, que só terá um quinto do dinheiro disponível, é formação tradicional, dada por entidades certificadas em sala de aula.
Para o Portugal Inovação Social, mais interessantes são os dois outros tipos de capacitação: consultoria e mentoria.
No primeiro caso, as organizações solidárias podem escolher o formador, que se desloca à instituição para ensinar e ajudar os técnicos a desenvolver projetos, em áreas como a financeira, o marketing. O segundo caso, da mentoria destina-se a dar aos gestores das organizações competências em áreas de gestão de pessoal ou liderança.
Em Portugal, o conceito de inovação social traduz-se numa nova forma de responder a problemas sociais, em geral complementar às respostas tradicionais, com elevado impacto social e consumos de recursos mais eficientes.
A esta breve definição, o presidente da iniciativa Portugal Inovação Social, Filipe Almeida, acrescenta a convicção de que esta possibilidade de financiamento “pode representar um impulso fundamental na promoção e disseminação da inovação social e, como consequência desejável, na melhoria sustentável da qualidade de vida de muitas pessoas“.
Fonte: JN/Jornal Económico/Portugal Inovação Social